Na medida em que as investigações se
aprofundam em torno da morte do jornalista Décio Sá, com seis tiros de pistola
ponto 40 às 22h40min do dia 23 de abril de 2012 passado no bar Estrela do Mar,
na Avenida Litorânea, em São Luis, Maranhão, uma sequência de indicios levam à
escandalosa suspeita de que o profissional
estava “grampeado” por bandidos que utilizavam serviços de policiais corruptos
assim como fazia o esquema de Carlinhos Cachoeira, para monitorar agentes
públicos e adversários.
Uma viatura da Polícia Militar do
Maranhão passou em alta velocidade em frente ao Bar Estrela do Mar três minutos
depois dos disparos contra o jornalista e não abordou um motoqueiro poucos
quilômetros adiante simplesmente por que ele estava sozinho, sem um carona como
haviam indicado algumas testemunhas. O pistoleiro, que fugiu na garupa do
cúmplice, tinha descido antes e subido uma duna, encontrando-se com mais dois
homens lá no alto.
“Grampo”
A Polícia Federal no Maranhão está
auxiliando nas investigações de maneira extraoficial, principalmente na parte
que se aprofunda na suspeita de que pode haver policiais envolvidos no crime,
motivo de revolta demonstrada numa passeata ocorrida ontem em São Luis,
encabeçada pela mulher do jornalista que pediu o esclarecimento do crime e a
abertura de uma CPI contra a pistolagem.
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