A atitude de Antônio Francisco Barbosa de Sousa de 58 anos
salvou a vida dele e de outros 49 homens que estavam no ônibus que tombou na
BR-116 em Campestre da Serra em Rio Grande do Sul
no início da tarde desta segunda-feira dia 14/01/2013.
Pai de três filhos, Sousa era um dos motoristas responsáveis
pelo transporte de 48 trabalhadores de Amarante-PI e de São
Francisco do Maranhão (MA) que passavam pela Serra com
destino a Porto Alegre. O ônibus tombou em uma curva no Km 92 deixando pelo
menos 22 feridos. As vítimas foram atendidas no Hospital São João Bosco em São
Marcos. Ninguém corre risco de morte.
O veículo era conduzido por Jean Carlos da Silva de 42 anos.
Os trabalhadores saíram do Piauí na sexta-feira dia 11/01/2013 e chegariam nesta
tarde em Porto Alegre. A intenção do grupo era se registrar em uma construtora
para trabalhar em obras na Região Metropolitana. Sousa havia dirigido durante
toda a noite e descansava em uma das poltronas, quando acordou com gritos de
desespero.
Naquele momento, o veículo já descia a Serra em alta
velocidade. Segundo Silva, os freios falharam.
— O pessoal estava apavorado. Corri até a cabine.
Enquanto meu colega segurava o volante, eu tentava reduzir a marcha, mas não
conseguia. Quando vi a curva pensei que o melhor era jogar o ônibus contra uma
parede e tombar. Então, me segurei com um das mãos em uma poltrona e com a
outra virei o volante. Deu certo — conta Sousa.
O ônibus bateu em uma mureta de concreto e tombou de lado na
pista, parando em seguida. Silva ficou com ferimentos leves, mas Sousa deslocou
o ombro esquerdo. Um dos passageiros teve fratura na perna e outro sofreu
lesões no rosto. Os demais trabalhadores tiveram apenas ferimentos leves.
— Estou a 35 anos na profissão de motorista, aprendi que
em situações assim o melhor é tentar segurar o veículo desse jeito _ diz Sousa.
O trânsito naquele trecho da BR-116 ficou interrompido até
por volta das 17h desta segunda-feira para a remoção do ônibus e limpeza da
pista. As causas do acidentes serão investigadas pela Polícia Civil.
FONTE: http://zerohora.clicrbs.com.br
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