Railton Almeida:
Tenente coronel: Lisandro Honório:
Promotor: Edimar
Piauílino:
Um jovem recorreu ao Ministério Público de
Floriano PI nesta terça-feira (28), para fazer uma denúncia contra uma operação
policial militar que aconteceu na última segunda-feira (27), próximo a ponte
que liga os municípios de Floriano e Barão de Grajaú.
De acordo com Railton Almeida, por volta do
meio-dia policiais militares teriam lhe abordado, dirigido xingamentos e lhe
algemado sem motivos.
“Estava voltando do meu trabalho por volta das 12h00 e fui
abordado por uma blitz, eles mandaram parar e parei a minha moto como
procedimento, só que além deles mandarem parar eles apontaram armas para mim,
fizeram diversos xingamentos, e depois de terem apreendido a moto eles ainda
usaram abusos, falaram palavras de baixo calão, me agrediram, me algemaram sem
ter nenhum motivo e me levaram para a delegacia como se eu fosse realmente um
bandido, no qual não sou.
Eu acredito que se o intuito deles é proteger a população,
eles estão fazendo errado porque eles estão de certa forma está aterrorizando a
população, porque isso que aconteceu comigo eu acredito que ocorre com várias
pessoas e nenhuma dessas pessoas tem a capacidade de denunciar este tipo de
ocorrido. É uma situação constrangedora e de certa forma é muito ruim ser
exposto ao ridículo como eu fui exposto, um trabalhador honesto que não tem
nenhuma passagem ou vínculo com coisas erradas. Então é uma situação que eu
quero justiça, e quero que se resolva da melhor forma possível”.
Com relação à afirmação
feita pelo Cel. Lisandro de que Railton teria ameaçado os policiais, o mesmo
negou.
“Eu não ameacei, até mesmo porque ele estava com a arma
apontada para mim, e eu não teria como fazer nenhum tipo de ameaça a uma pessoa
que está apontando uma arma de uma distância que ele estava. Ele falou
realmente palavras de baixo escalão e sim eu falei pra ele, 'a única coisa que
me faz respeitar o senhor nesse momento é a farda que o senhor está vestindo,
mas se o senhor não estivesse com essa farda o senhor não seria homem para
fazer o que está fazendo'”, falei essas palavras e eu acredito que tenha
irritado ele, mas não faltei com o respeito de forma nenhuma”, disse o Railton Almeida.
Em entrevista a reportagem
do Portal FlorianoNews, o Cel. Lisandro Honório, disse:
“O Sr. Railton Almeida desacatou o soldado Duarte (do Grupo
Tático) em cima da ponte que vai para Barão de Grajaú e tento retornar, então
quem fura a barreira policial é suspeito. Como ele tinha o porte avantajado
dizendo que lutava várias artes marciais e ameaçou de quebrar meu soldado de
pau, disse que ia quebrar ele de taca, ameaçou e desacatou, e ainda estava
errado sem a habilitação.
Então, ele foi conduzido para a Central de Flagrantes e feito
o TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência) pra sair bem caro pra ele. Quero
dizer que a gente tá trabalhando no meio do sol quente, aí a pessoa vem,
desacata, esculhamba meu policial e eu não admito isso não, de jeito nenhum.
Ele pode procurar os direitos dele aonde ele tiver direito, mas a gente
trabalhando, cumprindo nosso dever e vem à pessoa com deboche dizendo que o
policial só é policial quando é fardado.
Nós somos policiais 24h por dia e não admito esse tipo de
deboche com meu policial. Infelizmente, o Railton pra atrapalhar o nosso
serviço que dentro da ordem estava tudo sem problema, não foi encontrado nada,
nosso interesse era os veículos que estavam entrando no estado, não foi
notificado moto ou carro de ninguém, nosso objetivo era apreender armas, drogas
e pessoas procuradas pela justiça, e esse rapaz veio e cometeu essa alteração”, ressaltou o comandante do 3º BPM.
O representante do Ministério Público, o promotor
Edimar Piauílino, disse que o fato chegou ao conhecimento MP, e afirmou que
entrou em contato com o delegado e orientou que o mesmo tomasse as cautelas
para ouvi-lo e também submeter aos exames de corpo de delito, inclusive
fotografando os hematomas e escoriações eventuais que fossem constatadas no
corpo da suposta vítima.
O promotor ainda disse que recebeu denúncias
anônimas confirmando que um policial de forma exaltada dava dando socos na
vítima. “Houve excesso, houve abuso de
autoridade e nós vamos investigar essa situação e a Polícia Militar tem todo
apoio do Ministério Público nas suas operações, mas desde que não haja abuso,
truculência, não se exerce autoridade com autoritarismo e nem com a força
física, se exerce autoridade com respeito, sobretudo ao cidadão. A Polícia tem
um papel importantíssimo na manutenção da ordem, agora ela não pode exacerbar
no exercício de suas atribuições”, disse
o promotor.
FONTE:
http://www.florianonews.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário