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quinta-feira, 2 de maio de 2013

Refém relata terror e confirma que criminoso matou gerente de banco.


 
Prestador de serviço e três PMs dão depoimento na sede do Greco. Servidor conta momentos de quando era refém.
Um prestador de serviço de empresa terceirizada pelo Banco do Brasil, identificado como André, foi um dos sequestrados durante o assalto à agência na cidade de Miguel Alves. Ele é a testemunha ocular do assassinato do gerente, Ademyston Rodrigues Alves, e confirmou que a arma utilizada no homicídio foi acionada por um dos criminosos.
A testemunha foi informalmente ouvida pelo delegado Carlos César Camelo, que preside o inquérito e falou sobre o caso durante coletiva à imprensa nesta quinta-feira dia (02/05/2013), na sede do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco).
Camelo diz que André afirmou ter sido colocado no porta-malas do Siena, utilizado na fuga, após o assalto a banco. “Ele diz que ouviu muitos disparos até o carro descer o barranco. Então ele puxou o sistema de pânico do porta-malas, pulou e deitou no chão, chamou pelo gerente. ‘Ademyston, venha!’, viu o gerente tentando abrir a porta e o criminoso disparar”, relatou o delegado. A testemunha ainda vai prestar o depoimento formal nesta tarde, mas descartou qualquer erro por parte dos policiais militares.
“Até o presente momento, não temos duvida da conduta correta da Polícia Militar. Os policiais serão ouvidos, será gerado um auto de resistência (à prisão) pela Polícia Civil e encaminhado ao Ministério Público de Miguel Alves. Não existe indício de conduta fora dos padrões”, declarou o delegado.
A Greco também trouxe três policiais militares que participaram do tiroteio minutos após o assalto em Miguel Alves. Todos devem confirmar a informação que o gerente foi morto pelos bandidos e que havia gasolina dentro do Siena, o que comprova a intenção de incendiar o automóvel.
“Os PMs afirmaram que fizeram uma barreira para evitar a fuga e na barreira, os bandidos dispararam, o motorista perdeu o controle, caindo no barranco. Foi assim que eles revidaram e atingiram os três (assaltantes) que foram abatidos. Os outros dois pularam cerca e se embrenharam no matagal. Os policiais tiveram dificuldade de seguí-los porque tiveram que dar socorro ao gerente”, diz Carlos César.
CENA:
Após fugirem em um Siena com os reféns, os bandidos acabaram encontrando com uma barreira de militares do GATE na saída da cidade de Miguel Alves que dá acesso ao município de Porto. Segundo a polícia, os assaltantes abriram fogo contra os militares que revidaram. Neste momento, o motorista do automóvel perdeu o controle e desceu um barranco. Na troca de tiros, três criminosos foram mortos; o gerente do Banco do Brasil, Ademyston Rodrigues Alves foi ferido e faleceu; dois criminosos foram mortos.
DELEGADO SE POSICIONA:
O delegado Menandro Pedro, do Greco, revelou ainda que em depoimento, o refém revelou que ouviu mais de um disparo de arma de fogo contra o gerente. A testemunha, no entanto, não sabe precisar quantos tiros foram e quantos acertaram Ademyston.
“O André não quer dar entrevistas. Ele está com muito medo e ele tem as razões dele. Ele já chegou a conversar três vezes com a polícia e toda a versão dele foi confirmada. Ele tem sido coerente sempre e temos depoimento gravado”, conta o delegado.

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