Prestador de serviço e três PMs dão
depoimento na sede do Greco. Servidor conta momentos de quando era refém.
Um prestador de serviço de
empresa terceirizada pelo Banco do Brasil, identificado como André, foi um dos sequestrados durante o assalto à agência na cidade de Miguel Alves. Ele é a testemunha
ocular do assassinato do gerente, Ademyston Rodrigues Alves, e confirmou que a
arma utilizada no homicídio foi acionada por um dos criminosos.
A testemunha foi informalmente ouvida pelo delegado
Carlos César Camelo, que preside o inquérito e falou sobre o caso durante
coletiva à imprensa nesta quinta-feira dia (02/05/2013), na sede do Grupo de
Repressão ao Crime Organizado (Greco).
Camelo diz que André afirmou ter sido colocado no
porta-malas do Siena, utilizado na fuga, após o assalto a banco. “Ele diz que
ouviu muitos disparos até o carro descer o barranco. Então ele puxou o sistema
de pânico do porta-malas, pulou e deitou no chão, chamou pelo gerente.
‘Ademyston, venha!’, viu o gerente tentando abrir a porta e o criminoso
disparar”, relatou o delegado. A testemunha ainda vai prestar o depoimento
formal nesta tarde, mas descartou qualquer erro por parte dos policiais
militares.
“Até o presente momento, não temos duvida da
conduta correta da Polícia Militar. Os policiais serão ouvidos, será gerado um
auto de resistência (à prisão) pela Polícia Civil e encaminhado ao Ministério
Público de Miguel Alves. Não existe indício de conduta fora dos padrões”,
declarou o delegado.
A Greco também trouxe três policiais militares que
participaram do tiroteio minutos após o assalto em Miguel Alves. Todos devem
confirmar a informação que o gerente foi morto pelos bandidos e que havia
gasolina dentro do Siena, o que comprova a intenção de incendiar o automóvel.
“Os PMs afirmaram que fizeram uma barreira para
evitar a fuga e na barreira, os bandidos dispararam, o motorista perdeu o
controle, caindo no barranco. Foi assim que eles revidaram e atingiram os três
(assaltantes) que foram abatidos. Os outros dois pularam cerca e se embrenharam
no matagal. Os policiais tiveram dificuldade de seguí-los porque tiveram que
dar socorro ao gerente”, diz Carlos César.
CENA:
Após fugirem em um Siena com os reféns, os bandidos
acabaram encontrando com uma barreira de militares do GATE na saída da cidade
de Miguel Alves que dá acesso ao município de Porto. Segundo a polícia, os
assaltantes abriram fogo contra os militares que revidaram. Neste momento, o
motorista do automóvel perdeu o controle e desceu um barranco. Na troca de tiros,
três criminosos foram mortos; o gerente do Banco do Brasil, Ademyston Rodrigues
Alves foi ferido e faleceu; dois criminosos foram mortos.
DELEGADO SE POSICIONA:
O delegado Menandro Pedro, do Greco, revelou ainda
que em depoimento, o refém revelou que ouviu mais de um disparo de arma de fogo
contra o gerente. A testemunha, no entanto, não sabe precisar quantos tiros
foram e quantos acertaram Ademyston.
“O André não quer dar entrevistas. Ele está com
muito medo e ele tem as razões dele. Ele já chegou a conversar três vezes com a
polícia e toda a versão dele foi confirmada. Ele tem sido coerente sempre e
temos depoimento gravado”, conta o delegado.
FONTE: http://www.cidadeverde.com
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