A
morte de um idoso conhecido por Manoel Couro de Bode, residente no bairro Vila
Nova, ocorrida na noite deste sábado, 06-12-2014, retrata a precariedade do
Hospital de Amarante-PI.
Relatos
apontam que o paciente passando mal, chegou caminhando em busca de atendimento
e logo foi informado que não havia nenhum médico na instituição. Mesmo assim,
após certo tempo de espera do lado de fora do hospital, o idoso desmaiou e logo
foi conduzido ao hospital de Regeneração-PI, sem condições de ser socorrido em Amarante-PI.
Entrevistado
pelo portal Somos Notícia, o diretor do hospital de Amarante-PI, Francisco
Nunes Neto, afirmou que não havia ainda tomado conhecimento da morte do Sr.
Manoel, e ratificou que realmente não havia médicos no hospital.
“Nós
temos apenas dois médicos, Dr. Hugo, e Dr. José Dias. Um trabalha nas TERÇAS FEIRAS e outro nas QUARTAS
FEIRA. Nos demais dias da semana não temos um profissional sequer”,
afirmou Francisco Nunes Neto.
HOSPITAL
DE AMARANTE EM DECADÊNCIA.
De
acordo com informações do diretor, outros dois médicos atendem nos finais de
semana de forma voluntária. “Dr. Miranda e Dr. Agenor não estão recebendo nada
pelos atendimentos que vêm fazendo no hospital de Amarante nos finais de
semana.”
Nos
últimos meses, o hospital de Amarante perdeu cinco dos sete médicos. “O
secretário estadual levou cinco médicos daqui e nos deixou nessa situação. Dos
médicos transferidos, um foi para o município de Regeneração e os demais para o
Hospital Getúlio Vargas (HGV), em Teresina-PI.”
Em
agosto, em razão da escassez de profissionais em Amarante-PI, o então
secretário estadual de Saúde, Mirocles Veras, firmou um acordo com o hospital
que, segundo o diretor, foi descumprido. “Ele me orientou a procurar
profissionais para atenderem na instituição, eu fiz isso, mas no final de
outubro, os médicos me disseram que não iam mais trabalhar sem receber
pagamento, o secretário não me passou o recurso para pagar esses profissionais”
Apesar
da situação, o atual diretor afirma que não vai “abandonar o barco”. “Até o mês
de maio, as coisas funcionaram bem, mas de junho para tudo desandou. Tiraram os
médicos e não pagaram os terceirizados. Nós estamos de mãos atadas porque quem
paga médicos é o estado e não podemos fazer nada diante tamanha precariedade.
Mesmo assim, vamos permanecer até o fim da gestão, no sentido de não abandonar
esta Casa.”
PUBLICADA
POR: Alonso Bisorão.
FONTE: http://somosnoticia.com.br/
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