Governo é governo, e oposição é oposição. Para quem não
entendeu, o Planalto foi explícito no Diário Oficial.
Nesta terça-feira (02/05/2017), saíram às primeiras demissões
em ministérios, estatais e órgãos nos estados.
A exoneração de um diretor do INB, Indústrias Nucleares do
Brasil, por exemplo, atinge o deputado Deley, do PTB, que o indicou. A saída de
um diretor do Arquivo Nacional afeta o deputado Ronaldo Fonseca, do Pros.
Uldorico Junior, do PV, já perdeu cargos no Ibama da Bahia.
Os três votaram contra a reforma trabalhista, assim como
Valadares Filho, do PSB, que seguiu a orientação do partido e perdeu cargos no
Dnocs e no Iphan, de Sergipe.
O PTN, contemplado com a Funasa, deu cinco votos contra a
reforma trabalhista. E pelo menos dois deputados do PMDB, Vitor Valin e
Veneziano Vital do Rêgo, que também votaram com a oposição, estão sendo
cobrados por isso.
Mesmo sem os infiéis, o projeto foi aprovado na Câmara e já está no Senado, onde ainda vai passar por duas comissões antes do plenário.
A reforma da Previdência, que é emenda constitucional, exige mais voto. Por
isso a reação do governo.
“Não dá pra você fazer algo em que você tem algo no governo,
tem posição do governo e vota contra esse governo. Isso pra mim é um absurdo,
tem que tirar mesmo”, disse o vice-líder do governo, deputado Beto Mansur
(PRB-SP).
Outro movimento é na comissão da reforma da Previdência. Os
deputados da base aliada que não defendem a proposta serão substituídos. Os
líderes do PEN e do PR já assumiram como titulares para votar pela reforma.
O governo diz que a reforma é urgente, e o argumento é o
crescente rombo na Previdência, quase R$ 150 bilhões negativos em 2016, devendo
chegar em 2017 a quase R$ 190 bilhões.
O texto da Previdência já foi discutido e está pronto para
ser votado na quarta-feira (03/05/2017) na comissão. Para ser aprovado, são necessários
os votos de 19 dos 37 deputados. E o governo diz que já tem garantidos 23.
“Nós temos absoluta segurança de uma maioria consistente na
comissão. Nós vamos hoje concluir a discussão e amanhã votaremos”, disse o
deputado e presidente da comissão, Carlos Marun (PMDB-MS).
O governo ainda aposta na conversão de aliados rebeldes. Não
quis dizer quem é de quem na lista de exonerações. Ministros do Planalto
afirmam que durante o dia já haviam conseguido reverter a posição de alguns
aliados. O diálogo é simples, se votar com o governo, volta a ser governo.
COPIADA POR: AlonsoBisorão.
FONTE: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2017/05/governo-comeca-demitir-funcionarios-indicados-por-infieis.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário