Cerca de 50 prefeitos piauienses estão tendo dificuldades em
administrar seus municípios por contas das dívidas e outras irregularidades
deixadas pelas gestões anteriores. Alguns deles chegaram a decretar estado de
emergência nos municípios. O presidente da APPM (Associação Piauiense de
Municípios), Arinaldo Leal (PSB), informou que a maioria dos gestores estão
impossibilitados de gerir a prefeitura porque a encontraram com diversos
problemas.
Arinaldo Leal está
orientando os prefeitos que assumiram o mandato em 1º de janeiro a entrar com
ações na Justiça contra os antecessores que deixaram os municípios suca-teados,
para que sejam respon-sabilizados civil e penalmente. Segundo ele, há prefeitos
que nem estão nomeando secretários para não gerar novas despesas para os
municípios. Os entraves mais agravantes foram o sucateamento da administração,
corte de energia, atraso nos salários, pagamentos irregulares, dentre outros.
O presidente da
Associação informou que não sabia especificar todos os problemas, mas ressaltou
que as dificuldades são diversas. "Tem prefeito despachando em praça
pública", observou. Diante da situação das prefeituras, Arinaldo Leal
disse que continua a aconselhar os prefeitos a diminuírem a quantidade de
contratados e reduzir os gastos. "Esta seria uma solução para diminuir a
folha de pagamento", explicou.
Ainda de acordo com
ele, outro conselho da própria APPM é que os prefeitos não assumam os gastos.
"Eles precisam recorrer à Justiça", disse. Seguindo o conselho do
presidente da APPM, o prefeito de Cocal da Estação, Rubens Vieira (PSDB),
informou que vai entrar na Justiça contra o antigo gestor do município,
Fernando Sales (PSB). Ele o acusa de ter cometido diversos crimes, inclusive de
responsabilidade, improbidade administrativa e infração a lei de
responsabilidade fiscal.
O prefeito de Nossa
Senhora de Nazaré, José Henrique de Oliveira Alves (PTdoB), disse que a medida
adotada foi a redução total dos gastos. "Só empossamos três secretários, o
de Saúde, Educação e de Assistência Social. Por enquanto vão ficar só estes,
pois não temos dinheiro para arcar com mais contratações", disse José
Henrique.
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