Uma operação realizada no Pará pela
Polícia Federal, a pedido do Ministério Público Federal (MPF), prendeu o
piauiense Gilvan Ribeiro dos Reis, 49 anos, chefe da unidade avançada do
Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Tucuruí-Pará. Além dele,
mais dois foram presos investigados por desmatamento ilegalmente em projeto de
assentamento Cururuí, em Pacajá, no sudoeste do Estado.
Natural de Floriano-PI, Gilvan mora
desde os 17 anos no município paraense e está há mais de 30 anos como funcionário
do Incra. Segundo a Polícia Federal, ele seria responsável, dentro do esquema,
por passar informações sobre possíveis fiscalizações do Incra, evitando que a
quadrilha fosse flagrada.
Também foi preso o representante da
Federação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf) no
sudoeste do estado, Roberto Elias de Lima. Segundo as investigações, Lima teria
facilitado a entrada de desmatadores nos assentamentos de reforma agrária.
A operação cumpriu, ainda, mandado
contra Gelson Gomes de Andrade, acusado de coordenar o envio de homens armados
para assentamentos do Incra, que negociavam com assentados a retirada ilegal de
madeira. Gelson Gomes de Andrade é foragido da Justiça na Bahia e no Espírito
Santo.
Todos os réus já foram denunciados pelos
crimes de constrangimento ilegal, desmatamento em terra pública e
comercialização ilegal de produto florestal. Gilvan Ribeiro dos Reis também
responde por violação de sigilo funcional.
A polícia ainda procura outros dois que
estão foragidos.
Superintendência do Incra defende
florianense.
O superintendente do Incra em Marabá,
Eudério de Macedo Coelho, disse ao Cidadeverde.com que é a prisão do servidor é
“absurdo”.
“É um servidor honesto, correto. Nunca
vi nada que o envolvesse em desvio de conduta ou descumprimento das normas. A
prisão dele foi baseada na relação dele com o movimento social, que é
necessária na função que ele ocupa e por sua vez essa liderança do movimento
social é que tinha relação com outras pessoas desconhecidas por ele e por nós.
Nas gravações apresentadas pela polícia, em nenhum momento tem fala dele sobre
esse assunto. É o absurdo dos absurdos. Ele sempre denunciou práticas
delituosas na região ao Ibama, Polícia Federal e Ministério Público Federal
(MPF)”, afirmou o superintendente.
Eudério Coelho disse que a assessoria
jurídica do Incra já passou as informações necessárias para o advogado
contratado pela família para que saiba como agir. “É uma tristeza imensa, uma
pessoa extremamente correta, que tem 30 anos de trabalho ser desmoralizada,
isso deixa a gente muito decepcionado”, lamentou.
cv com informações do MFP/PA.
PUBLICADA POR: AlonsoBisorão.
FONTE: http://piauinoticias.com/
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