Pessoas atuavam em três fazendas nos dois estados e
foram indenizadas.
Fazendeiros terão que pagar multas à sociedade que chegam a R$ 60 mil.
Trinta
e três lavradores foram resgatados de condições análogas à escravidão durante
uma operação que aconteceu entre os dias 1° e 11 de maio na Bahia e no Piauí,
informa o Ministério Público do Trabalho da 5ª Região (MPT) nesta terça-feira
(15/05/2012). Alguns adolescentes estavam entre as vítimas.
De
acordo com o órgão, todos trabalhavam em três fazendas situadas nas cidades de
Formosa do Rio Preto, oeste baiano, e em Barreiras do Piauí, no sul piauense.
Ao todo, foram seis fazendas vistoriadas na operação conjunta do MPT,
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e Polícia Federal.
O
procurador do trabalho Luís Antônio Barbosa da Silva, responsável pela ação,
realiza audiências na tarde desta terça e, por isso, não pôde atender ao G1.
A assessoria de imprensa do órgão diz que os trabalhadores foram indenizados
com valores que variam entre R$ 900 e R$ 2.200, referentes aos direitos
trabalhistas não pagos, como férias, 13° salário e horas extras, além de multa
por danos morais.
Os
fazendeiros terão que pagar de R$ 34 mil a R$ 60 mil ao MPT a partir do dia 30
deste mês, que simbolizam danos causados à sociedade. Segundo o órgão, o
montante será revertido para uso social, mas a entidade ainda não foi definida.
Há previsão de doação de parte da verba para conselhos tutelares
localizados nas cidades onde a operação ocorreu.
As
pessoas libertadas foram demitidas de modo indireto, constituindo justa causa
do empregador para abandono do emprego. O MPT informa que eles eram recrutados
para atuar em empreitadas isoladas, não configurando vínculo a longo prazo. O
tempo da relação não foi especificado. Entre as funções realizadas pelos
trabalhadores, foi constatada a coleta de raízes com o intuito de limpar o terreno
para desenvolvimento de outras atividades.
Os
empresários assinaram um Termo de Ajuste de Conduta (TAC). No documento, o MPT
afirma que eles se comprometem a corrigir as práticas pelas quais foram
flagrados, concedendo condições de alojamento, alimentação, higiene e
transporte aos próximos empregados.
FONTE: http://g1.globo.com
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