MP e polícia de SP prendem quadrilha que fraudava licitações de água e esgoto em vários estados, Entre eles, O Piaui.

O grupo teria provocado prejuízos milionários - e provocado aumento nas contas de água e esgoto.

O Ministério Público e a polícia de São Paulo prenderam nesta segunda-feira dia (12/11/2012) uma quadrilha que fraudava licitações. O grupo teria provocado prejuízos milionários - e provocado aumento nas contas de água e esgoto.

Ao todo, 16 pessoas foram presas. Entre elas o empresário de São Paulo, Reinaldo Costa Filho, que, segundo o Ministério Público e a Polícia Civil, é chefe da quadrilha. Em um ano de investigação, foram identificadas 29 empresas suspeitas de fraudar licitações de companhias de água e esgoto em quatro estados e no Distrito Federal. Elas atuavam na leitura do consumo de água e na emissão de faturas, serviços normalmente terceirizados.

Os contratos sob investigação somam R$ 1 bilhão. Desse total, a polícia acredita que R$ 150 milhões foram desviados. Segundo a promotoria, as empresas pagavam propina a funcionários públicos para direcionar as licitações. Com isso, só quem fazia parte da quadrilha podia concorrer. Os valores eram combinados previamente entre as empresas denunciadas, que determinavam quem venceria cada contrato do serviço de água e esgoto.

A fraude foi descoberta durante a investigação de uma denúncia contra a empresa que cuida do sistema de água e esgoto de Sorocaba.

"Existia uma empresa-mãe que abrigava todas as outras empresas, e dali surgiam as fraudes em alguns estados do Brasil”, disse o delegado Wilson Negrão.

Segundo as investigações, o golpe dava prejuízo ao consumidor: para bancar a corrupção, as contas ficavam até 15% mais caras.

“É bem provável que seja analisada a possibilidade de ingresso pelo Ministério Público de uma ação coletiva nesse sentido de ressarcimento. No fim das contas, é arcado pelo consumidor porque é ele quem acaba, por meio da sua conta, sustentando a autarquia”, afirmou o promotor Wellington Veloso.

A empresa de saneamento de Sorocaba declarou que seus contratos seguiram as normas legais.

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FONTE: http://g1.globo.com