Muitas se prostituem para conseguir acesso à droga e acabam ficando mais expostas às DSTs.
O estudo “Comportamento de risco de mulheres usuárias de crack em relação às DSTs/AIDS”, analisou o risco a que as mulheres estão expostas quando se prostituem pela droga ou por dinheiro, a partir da visão que essas mulheres têm desse comportamento.
O levantamento foi publicado pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas – CEBRID – em parceria com a Secretaria Nacional Antidrogas – Senad.
Uma das conclusões é de que as mulheres que trocam o sexo por droga estão mais suscetíveis às DSTs do que as prostitutas que têm a atividade como uma profissão.
Isso acontece porque as usuárias de droga já enfrentam as consequências emocionais, físicas e psíquicas da dependência química, perdendo a noção do sexo seguro. Embora o estudo tenha sido realizado nas cidades de São Paulo e São José do Rio Preto, as observações podem ser estendidas à realidade de Teresina, onde o consumo de crack pelas mulheres é cada vez mais frequente.
Segundo o coordenador geral e fundador da Fazenda da Paz, Célio Luiz Barbosa, o comportamento de risco das dependentes químicas as tornam mais suscetíveis ao estupro e às agressões.
“Socialmente, as mulheres já sofrem mais preconceito do que os homens. Então, quando se tornam usuárias de drogas, esse quadro piora e elas passam a ser discriminadas, inclusive pelo grupo com o qual convive”, afirma Célio.
O estudo do CEBRID comprova essa informação, ao revelar que 52% das entrevistadas já foram vítimas de violência. Porém, acredita-se que este dado é subestimado, já que nele não se incluem os casos em que a violência não resulta em injúria física.
Baixa autoestima é reflexo do preconceito.
Uma das consequências e, ao mesmo tempo, o que leva ao comportamento de risco das usuárias de drogas é a baixa autoestima. Elas sentem- se menos valorizadas e mais fracas, aspectos que ocorrem tanto na subcultura do consumo de drogas como na sociedade em geral.
De acordo com o levantamento, esse estigma, associado ao estilo de vida de usuária de droga, somados ainda às baixas expectativas que possuem em relação às suas vidas, aumentam sentimentos e comportamentos da percepção negativa que têm de si próprias. Por tudo isso o estudo conclui que “a combinação de desespero pelo crack e comércio do corpo é geralmente muito perigosa. Nessa transação comercial de serviços sexuais por droga, o consumidor sexual domina a negociação, chegando muitas vezes a exigir a dispensa do preservativo na relação sexual”.
Além disso, as mulheres ainda recebem pagamentos irrisórios, o que as leva ao um número maior de relações sexuais até alcançar a quantia necessária para a droga. Reunidas, essas situações aumentam consideravelmente o risco de DST/AIDS e se transformam em um problema de saúde pública que deve receber atenção dos órgãos responsáveis.
FONTE: http://www.meionorte.com/
Oi Alonso
ResponderExcluirDesde cedo escuto teu programa, mas estava muito ocupada fazendo o almoço, só agora terminei
Dê um abraço em Alcione pela pessagem do aniversário dela e diga-lhe que todos estamos desejamdo muitas felicidades, alegrias e saúde.
Parabéns pelo blog e pelo programa.
Parabéns bisourão!
ResponderExcluirNós do Potencial estamos aqui na escuta mandando um abraço para todos os nossos professores, funcionários, alunos e familiares.
Feliz semana!