Fenômeno, que só se repetirá em
2117, será observado como um pontinho sobre o Sol nos dias 5 e 6 de junho de
2012.
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Na próxima semana será possível ver um ponto passando lentamente
sobre o Sol, em um raro trânsito de Vênus, quando o planeta passa entre a Terra
e o Sol. Um evento tão raro, que o próximo só será observado em 2117.
É um evento tão único que escolas e museus ao redor do planeta estão preparando
festas para acompanhar o fenômeno e os astronautas a bordo da Estação Espacial
Internacional também estão planejando acompanhar o evento.
O trânsito começa nesta terça-feira (dia 5, às 18h09 no horário de Brasília) a
oeste do Meridiano de Greenwich e na quarta-feira (6) a leste dele. Ele vai
durar seis horas e 40 minutos e será visível do oeste do Pacífico ao leste da
Ásia e leste da Austrália. Mas no Brasil, ele só será visto por habitantes do
extremo oeste do país, durante o pôr-do-sol.
Observadores no Canadá, Estados Unidos, México, América Central e norte da
América do Sul poderão ver o começo do espetáculo antes que o sol se ponha.
Europa, Ásia ocidental e central, África ocidental e o leste da Austrália
pegarão o fim, depois que o Sol nascer. A Nasa está planejando disponibilizar
webcasts ao vivo.
“Qualquer silhueta no Sol é interessante. Ver
Vênus é algo extremamente raro”, disse à AP o astrônomo Anthony Cook do Observatório
Griffith.
Houve 53 trânsitos de Vênus entre 2000 a.C e 2004, o último registrado até
agora. "Uma vez que ocorre um trânsito, lhe segue outro em exatamente oito
anos menos dois dias, mas depois devem passar 105 anos e meio para que aconteça
outro par de trânsitos separados por oito anos", disse à EFE Bob Berman,
colunista da revista "Astronomy Magazine".
Passado e futuro:
No passado, o trânsito de Vênus foi avistado por astrônomos como Galileu
Galilei e James Cook. Cientistas dos séculos 6 e 7 observaram os trânsitos de
Mercúrio e Vênus, os dois planetas "interiores", para medir a
distância da Terra ao Sol em um esforço para calcular o tamanho de nosso
Sistema Solar. O explorador James Cook observou um trânsito de Vênus no Tahiti
no século 18.
No entanto, embora "já tenhamos esse número calculado, os trânsitos seguem
sendo úteis", explicou em comunicado Frank Hill, do Observatório Solar dos
EUA (NSO).
O último trânsito de Vênus neste século
"nos ajudará a calibrar os diferentes instrumentos e na caça por planetas
extra-solares com atmosferas", para aprender a avaliar outros sistemas
solares em nossa busca por vida no universo.
O NSO utilizará seus telescópios no Arizona, Novo México, Califórnia, Havaí,
Austrália e Índia para gravar esse momento com centenas de imagens que exibirá
em tempo real em seu site.
Os telescópios do NSO tentarão obter medições complementares da estrutura da
atmosfera de Vênus buscando os rastros espectrais produzidos pelas emissões de
gás carbônico, abundantes na atmosfera de Vênus.
Com um grande encontro em Mauna Kea (Havaí), considerado o melhor ponto do
planeta para ver o fenômeno, a Nasa retransmitirá o evento ao vivo em seu site
e se conectará com analistas de seus centros assim como de 148 países de todo o
mundo que realizarão atividades de acompanhamento.
FONTE: http://www.liberdadenews.com
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