Mais de trinta alunos do Centro Estadual Educacional
Profissionalizante (CEEP) (Premem) de Floriano-PI, escola que tem sede numa
área do bairro Irapuá, passaram mal nessa sexta-feira, 29/08/2014 e muitos
tiveram que receber atendimento médico com urgência no Pronto Socorro do
Hospital Regional Tibério Nunes que fica no bairro Manguinha em Floriano-PI.
Os estudantes de ambos os sexos estariam trabalhando na
organização de uma gincana e por meio das ações programadas, segundo denúncias,
estavam com atividades em excesso. Devido ao problema ter se agravado e com
muitas pessoas passando mal foram acionados homens da Polícia, bem como,
membros do Conselho Tutelar da Criança e do Adolescente para presenciar o que
estava ocorrendo. Houve um corre-corre de pais de alunos que estavam
preocupados com seus filhos que a todo o momento davam entrada no Hospital.
Uma estudante, a Kássia Helen narra o que houve e afirma que
alunos estavam trabalhando para organizar a gincana há mais de um mês, isso
porque a escola havia oferecido dez pontos em troca das atividades. Diante de
tantas ações para serem organizadas os alunos não estavam tendo tempo para
se alimentar, beber água e alguns estavam dormindo na casa de um
professor para poder dar conta de tanta coisa que era cobrada pelo CEEP.
Veja trechos do depoimento da estudante Kássia numa entrevista
cedida ao piauinoticias.com, “os alunos passaram mais de um mês atrás das
coisas da gincana porque era obrigatória para ganhar os dez pontos, e aí,
durante essa gincana nós não temos tempo para comer, para beber e ontem vários
alunos passaram mal e mesmo assim, continuaram com a gincana. Hoje
(se referindo a essa sexta 29/08/2014) colocaram as atividades para a parte da
tarde porque ontem (quinta feira) tinha sido manhã e tarde e a quadra
estava super quente e não tinha água para os alunos beberem. O bebedor é sujo e
água estava com um gosto estranho e vários alunos passaram mal”.
A estudante disse ainda que devido a muitos alunos estarem
passando mal, alguns foram levados para a diretoria da escola que é
climatizada e que ficou cheia e acrescentou, “na diretoria tinha cerca de oito
alunos. Eu peguei a Elizabete que estava morrendo e coloquei no colo, em
seguida, coloquei ela lá dentro e a diretora disse que era para tirar pois não
cabia mas ninguém lá dentro e que era frescura de alunos, pois estavam todos
bêbados e drogados, pois não era normal aquela quantidade de alunos estarem
passando mal”.
Ainda segundo a estudante Helen, a sua colega, a Elizabeth que
estava passando mal foi socorrida pela professora Tatiana que a levou ao
Hospital. Helen disse mais, que uma irmã também passou mal e que nenhum
professor, bem como nenhum membro da diretoria, tentou ajudar a socorrê-la.
A estudante comparou o caso como num período de carnaval quando
inúmeras pessoas dão entrada no Proto Socorro do Hospital pelos mais variados
problemas na saúde. “Tava pior do que carnaval cheio de alunos, era alunos
sendo trazido nos braços e coordenadores dizendo que era frescura”, externa.
Ela explica ainda que de última hora foram colocados pela direção
alguns vasilhames com água, mas que essa água não foi suficiente para atender a
necessidade dos cerca de 300 alunos.
MÃE DE
ALUNO.
A dona Francilene Silva mãe de uma das alunas que passou mal, foi
acionada e esteve acompanhando a filha. Numa entrevista, ela declarou que os
professores não tiveram cuidado com a saúde dos estudantes e que os mesmos
estavam saindo pela manhã e chegando somente à noite. Que os alunos foram ameaçados,
pois se não fossem para as atividades da gincana não tinham nota e
seriam reprovados. “Por isso, os alunos estavam dando tudo de si para
conseguir a meta e naquele medo o tempo todo. Uma menina está passando mal, com
o coração acelerado e está no soro, e tem outra passando mal também e
muitos amigos. Vejo que é um descaso com os alunos e a minha menina ia
para lá de manhã e só voltava à noite”, conta a dona Francilene afirmando que
alunos estavam fazendo atividades fora da escola, pois a mesma não estava
cedida devido as ações da gincana e disse mais, que muitos estudantes estão há
cerca de vinte dias sem estudar, pois estavam envolvidos com a gincana.
A dona Francilene foi mais além e declarou, “tem um
professor, o Douglas, que elas ontem ao sair de casa não retornaram e
ficaram na casa desse professor. Disse que um monte estava deitada num
quarto lá, tipo assim, eu não achei tão legal, pois vocês tem casa, então
tá errado né. Dizem que tinha um monte de alunas deitadas no chão, no
quarto do professor e isso não condiz”.
Dona Francilene afirmou que quer que a diretora Conceição Leal
faça uma reparação, pois os alunos foram chamados de bêbados e drogados. O caso
foi registrado na Central de Flagrantes da delegacia Regional da Polícia Civil
de Floriano-PI.
CONSELHO
TUTELAR.
Membros do Conselho Tutelar foram acionados por policiais
militares que estavam no momento e colocaram que muitos menores estavam dando
entrada no Pronto Socorro do
Hospital. Os alunos, segundo a polícia, estavam sendo vítimas de desmaios. De
acordo com a conselheira Inácia Maria, no Hospital os pacientes foram
atendidos pelo médico Helder e Dra Cristina. “Não sabemos ainda o que
aconteceu, mas o fato é que cerca de mais de trinta crianças deram entrada no
Hospital e os pais procuraram a Delegacia para registrar um Boletim
de Ocorrência. Vamos aguardar um diagnóstico médico para em seguida ter
uma noção das providências que serão tomadas”, disse a conselheira afirmando
uma mostra da água deve ser colhida para exames.
A professora e diretora Conceição Leal entrou em
contato com a reportagem do piauinoticias.com e deve se pronunciar sobre o que ocorreu
e as acusações feitas contra a mesma.
POSTADO POR: Alonso Bisorão.
FONTE: http://piauinoticias.com/
Eu estava presente na gincana e não passei mal, logo estava dormindo e me alimentando bem e tinha condições suficientes de estar ali torcendo, gritando e dando apoio a minha equipe. Participei de varias provas e nem por isso passei mal, pois me hidratava tanto com água do bebedouro, quando de refrigerante. E eu não passava o dia e a noite na escola, só ia no horário que estudava, e no período próximo a gincana estava tendo aula até a hora do intervalo, e depois disso tinha os ensaios no qual muitos não participavam, e os que não faziam parte do ensaio estavam liberados pra ir pra casa.
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