Mais
de 30 pessoas foram flagradas em condições degradantes de trabalho.
Relatório da Procuradoria do Trabalho revela
detalhes sobre operação.
O Ministério Público do Trabalho divulgou nesta
terça-feira (02/09/2015) o relatório sobre o flagrante de 33 pessoas
trabalhando em condições degradantes nas cidades de Guadalupe-PI, Floriano e
Nazaré do Piauí, operação desenvolvida nos dias 18, 19 e 20 de agosto.
A Força Tarefa conjunta do Ministério do Trabalho
e Emprego (MTE) e Ministério Público do Trabalho (MPT), com apoio da Polícia
Rodoviária Federal (PRF), teve a finalidade de prevenir, repremir a prática de
trabalho forçado, de crianças e adolescentes e de crimes contra a organização
do trabalho.
No local onde os trabalhadores estavam não havia
banheiros, ou materiais de higiene e limpeza. “Estes realizam as necessidades
básicas no local (ao chão, na própria floresta de carnaúba) e utilizam a água
da lagoa para banho; os trabalhadores não portavam uniformes; Não foi
constatada a utilização dos EPls adequados por todos os trabalhadores; A
alimentação fornecida aos trabalhadores é de baixa qualidade (arroz,
feijão,carne), além de preparada e servida em más condições de higiene e de
conservação”, diz trecho do documento.
A inspeção da Força Tarefa continuou pela
comunidade Pilões, em Floriano-PI, onde foram encontrados sete trabalhadores,
sendo duas mulheres, trabalhando na coleta da palha da carnaúba. A situação
dessas pessoas, segundo o relatório, era muito parecida com a anterior: sem
água ou alojamento adequado, falta de banheiro, EPIs. Nenhum deles tinha
contrato ou registro de carteira assinada.
Já nas comunidades Ansiada e Pitombeira, ambas em
Nazaré do Piauí, 16 pessoas estavam desenvolvendo o trabalho com as folhas da
carnaúba com alguns poucos equipamentos de proteção. Na Ansiada, não foi
constatado o fornecimento de alimentação aos trabalhadores, enquanto que na
segunda localidade, os alimentos eram
mantidos e as refeições preparadas ao ar livre (na presença de insetos e
moscas).
O relatório foi assinado pelo procurador do
trabalho Carlos Henrique Pereira pelo analista perito em engenharia de
Segurança do Trabalho Fernando Castro Garcia.
Os supostos patrões dos trabalhadores estão sendo
identificados, autuados por trabalho escravo e outros crimes e que ainda serão
apurados.
PUBLICADA POR: AlonsoBisorão.
FONTE: http://www.nazarenet.com.br/noticia
PUBLICADA POR: AlonsoBisorão.
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