Os casos de violência sexual vem se tornando um fato corriqueiro
nas páginas policiais. Casos como de Valença em que uma mulhe de 57 anos foi
estuprada e morreu dias depois estão sendo investigados. “Parece que ele
praticava muitos delitos no Ceará, não resta mais dúvidas sobre a autoria e ele
vai ser indiciado. Mais um caso de feminicídio no estado do Piauí, agora nós
somos mortas pelo fato de sermos mulheres”, afirmou à delegada.
Já em Castelo, além do caso das quatro meninas violentadas, uma
mulher foi esfaqueada e estuprada nesta quinta-feira (18/06). Entidades e
movimentos sociais defendem uma punição mais severa.
Nos estúdios do programa Agora para falar sobre o caso estavam à
delegada da mulher Vilma Alves e a vice-presidente da Ordem dos Advogados do
Piauí, Eduarda Miranda.
“Se nós fizermos uma análise nos grandes fóruns criminais desse
país não vamos encontrar nenhuma condenação, porque quando o homem matava e
estuprava ele ia a júri, mas existia um conforto, ele dizia em voz alta que
havia matado em honra da família. Certamente o juiz e o conselho aceitavam
porque todos eram homens. Mas hoje tudo mudou a partir do dia 5 de outubro de
1980 diz na nossa carta que homens e mulheres são iguais, mudou a sociedade
civil brasileira. A mulher hoje é cidadã, exige respeito, não podemos admitir
que mulheres sejam estupradas. Hoje nós não vamos admitir, o código penal de
1940 diz que o estuprador vai para a cadeia mas tem o princípio de que ele pode
retornar porque nunca matou”, declarou.
A vice-presidente da OAB, Eduarda Miranda, afirmou que os casos de
estupro tem aumentado porque a princípio a mulher está denunciando mais. “A
cultura machista ainda existe muito em nosso país, nós ainda não conseguimos
sair do ranking mundial de 7º posição. Um país onde o carnaval, onde as pessoas
classificam como uma sociedade pacífica na verdade nós somos um país bastante
violento e contra a mulher, por isso que é necessário uma revisão de modo geral
nas leis e nas penas como ocorreu com o feminicídio”, disse.
Ao ser indagada sobre a importância do feminicídio, Eduarda
Miranda, disse. “O feminicídio foi criticado pelos constitucionalistas porque
fere, segundo os defensores, o direito de igualdade. Mas na verdade, para nós
mulheres entendemos que tudo que vem para favorecer a defesa da mulher é bem
vindo, mas precisamos evoluir em outros aspectos”, afirmou.
Sobre a polêmica castração química, a delegada
destacou. “A castração é feita nos Estados Unidos, no Brasil as penas são tão
leves que nem parece penas, eu sempre critiquei porque convivo com a realidade
do estupro, uma mulher que é estuprada ela nunca mais será a mesma, a dor é
grande, ela se transforma. Temos que castrar, quimicamente tomar um remédio,
ele não vai funcionar mais coisa nenhuma, então ele vai sentir na pele tudo que
a vítima passou. Quando eu fiz a minha fala no Congresso eu semeie essa ideia,
em todos os lugares que eu vou eu defendo essa tese. A mulher hoje está em
todos os poderes, porque negar o direito da mulher da liberdade de ir e vir? É
por isso que tem que ter uma nova lei com uma pena mais rígida”, falou.
PUBLICADA POR: AlonsoBisorão.
Estou com a delegada. Como é que uma mulher tem quer sofrer com um animal desse e eles por serem menores não terão punição à altura?
ResponderExcluir